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Os Distúrbios do Movimento também denominados Movimentos Anormais incluem doenças neurológicas e situações diversas que apresentam em comum alguma alteração da movimentação do corpo. São classificados em dois grupos: os que apresentam redução e lentidão do movimento, as hipocinesias e aqueles que apresentam excesso de movimento, as hipercinesias. Os distúrbios do movimento têm causas variadas, desde doenças prevalentes até situações raras. A Doença de Parkinson (DP) é o exemplo mais típico e frequente de hipocinesia. As hipercinesias incluem: Tremor, Distonia, Coréia, Mioclonia e Tiques.

Arlete hilbig

Dra. Arlete Hilbig

CREMERS: 15872

Médica Neurologista graduada em Medicina pela Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre (FFFCMPA), tendo realizado Residência Médica em Neurologia na Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (ISCMPA).

Mestrado e Doutorado pela UFRGS, incluindo período de doutorado sanduiche na The Cleveland Clinic Foundation, OH, EUA, e Pós-Doutorado na University College London, London, UK.

Professora Titular de Neurologia do Departamento de Clínica Médica da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e preceptora da Residência Médica em Neurologia da UFCSPA/ISCMPA. Coordena o Centro de Doença de Parkinson e Distúrbios do Movimento e o Curso de Especialização em Neurologia: Distúrbios do Movimento e Demência da UFCSPA/ISCMPA.

Áreas de Atuação

Doença de Parkinson e Parkinsonismo

A Doença de Parkinson é uma doença neurológica frequente, de distribuição universal, que pode acometer pessoas de qualquer faixa etária, embora seja mais frequente após os 50 anos. O diagnóstico é clínico, através da avaliação dos sintomas, sinais e evolução em cada indivíduo.

Manifesta-se especialmente por alterações motoras que podem incluir, em uma combinação variável: (1) Tremor, caracteristicamente em repouso; (2) redução da velocidade dos movimentos com dificuldade de manter a movimentação repetitiva, denominada Bradicinesia; (3) e Rigidez muscular. A causa dos sintomas motores é a redução de dopamina, um Neurotransmissor (NT) importante para as funções motoras. Existem também manifestações não motoras, geralmente relacionadas a outros neurotransmissores, que podem aparecer antes, durante ou depois das manifestações motoras.

A presença dos sintomas motores leva ao diagnóstico clínico de Parkinsonismo, com maior frequência relacionado à Doença de Parkinson, mas que também pode fazer parte de outras doenças neurológicas – Parkinsonismo Atípico - ou ser secundário a alguma outra condição, como uso de medicações ou doença vascular, por exemplo: Parkinsonismo Secundário.

Uma avaliação clínica completa é fundamental para o correto diagnóstico de Parkinsonismo e investigação de suas causas, bem como para estabelecer o tratamento mais efetivo.

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Tremor

A presença de tremor pode estar relacionada a condições clínicas bastante diversas. A Doença de Parkinson sempre é lembrada quando existe tremor de forma persistente, mas nem sempre esse é o diagnóstico.

Na avaliação, é importante considerar se os tremores surgem em determinadas posturas ou situações, se são acompanhados de alterações de postura ou outros sintomas ou sinais neurológicos, o tempo de evolução e se existe algum transtorno metabólico ou medicações que possam causar tremor. A investigação será realizada de acordo com a suspeita clínica, não existindo um exame definitivo para todos os casos.

Portanto, uma correta interpretação dos sintomas e sinais de cada pessoa é fundamental para o diagnóstico mais preciso.

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Distonia

É um movimento caracterizado por contrações musculares sustentadas ou intermitentes, que produzem movimentos anormais, posturas anormais, ou ambos. Esses movimentos podem iniciar ou se agravar durante a movimentação voluntária, são tipicamente estereotipados, e podem ser tremulantes.

A Distonia Focal, caracteriza-se por movimentos em uma única região do corpo, sendo mais frequente a região do pescoço – Distonia Cervical – ou contraturas ao redor dos olhos, determinando fechamento das pálpebras – Blefaroespasmo. Pode também haver envolvimento de mais de uma região do corpo, da metade do corpo, ou movimentos generalizados. As causas são diversas, entre elas doenças genéticas ou adquiridas. A terapêutica inclui utilização de medicamentos, toxina botulínica e procedimento cirúrgico em alguns casos.

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Outros

Movimentos anormais como Coréia, Mioclonia e Tiques também estão dentro das situações avaliadas e tratadas por especialistas em distúrbios do movimento. Apresentam causas diversas e a investigação e a terapêutica dependem de uma correta avaliação clínica.

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Tratamentos

Feature

Tratamento Clínico Individualizado

O tratamento dos movimentos anormais é bastante diversificado e tem expandido rapidamente, com várias estratégias e medicações compondo o arsenal disponível para tratamento sintomático. A seleção da melhor terapêuticas em cada caso e em cada fase da doença requer conhecimento e experiência, podendo incluir: medicações, orientações relacionadas a hábitos de vida, atividade física e fisioterapia específica, tratamento fonoaudiológico, acompanhamento psicológico e/ou psiquiátrico, e orientação nutricional.

Feature

Aplicação de Toxina Botulínica

A aplicação de TBA é uma terapêutica importante e efetiva em situações em que existe hiperativação muscular, como nas distonias e na espasticidade. É necessária avaliação clínica funcional para adequada seleção da musculatura a ser injetada, que está envolvida no movimento distônico, além de conhecimento anatômico para precisão da aplicação. A TBA também é utilizada em casos de hiperativação glandular como na sialorreia, presente em várias doenças neurológicas.

Feature

Tratamento Cirúrgico e Neuromodulação (DBS)

A cirurgia na Doença de Parkinson é uma ferramenta de grande auxílio em casos selecionados. É um tratamento sintomático que pode trazer benefícios melhorando a qualidade de vida dos portadores da doença. Atualmente a técnica mais utilizada é a implantação de Estimulador Cerebral Profundo (DBS), que permite a geração de pulsos para alvos selecionados previamente.

O sucesso do tratamento cirúrgico depende de uma correta indicação, selecionando as situações com benefício potencial maior; da implantação dos eletrodos no local correto - realizado por neurocirurgião especialista em neurocirurgia funcional; e de uma correta programação da estimulação (neuromodulação). A terapia efetiva após implante de DBS vai depender da combinação de uma estimulação cerebral bem programada e de medicações anti-parkinsonianas.

Realizamos avaliação para indicação cirúrgica, encaminhamento e acompanhamento durante o procedimento, realizado pelo neurocirurgião, e ajustes na programação da estimulação cerebral em pacientes com implante.

Outros movimentos anormais como as distonias também são passíveis de tratamento cirúrgico, dependendo do caso, e as indicações estão em expansão.

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